Porque será que é importante aprendermos novas línguas? Ou melhor, é sequer importante aprendermos novas línguas? Cada um de nós pode ter a sua resposta a essas questões. Mas uma coisa é certa: aprender novas línguas é conhecer novos mundos.
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Viajar para conhecer; aprender para compreender
Para quem partilha o gosto pelas viagens, acaba por ser recorrente viajar para destinos cujo idioma é desconhecido e, por vezes, cujos caracteres são impossíveis de descodificar. Sendo a comunicação a base de qualquer relação e interação, uma passagem por estes destinos leva, muitas vezes, a episódios engraçados sobre a forma como, por outros meios, as pessoas se entendem sem se entender.
Mas também sabemos que aprender uma língua é compreender uma cultura, conhecer as suas pessoas e entender melhor as suas formas de pensar, sobretudo quando são viagens de longa duração. É, de certo modo, uma adaptação nossa, enquanto viajantes, ao outro e não o oposto. Passamos, desta forma, a poder conhecer melhor as suas ruas, as suas histórias, a sua gastronomia, os seus costumes e a ter uma relação mais próxima dos locais. Saber falar o seu idioma, faz com que nos sintamos melhor em lugares que nos são estranhos, no fundo “mais em casa” que é, por vezes, aquilo de que mais sentimos falta quando estamos longe da nossa.
Viajar assim torna-se mais fácil e mais genuíno.
Mais do que um conjunto de palavras
Um idioma não é apenas um conjunto de vocábulos. A forma como são construídas as frases e o próprio uso das palavras em determinados contextos são uma reflexão clara da expressão linguística de uma cultura. É interessante ver como os signos linguísticos, portanto o significante e o significado atribuídos às palavras, estão intimamente ligados à história de uma comunidade.
Não precisamos de muito longe para compreender esta ligação. Quantos de nós sabemos que Portugal tem como língua oficial, para aleḿ da língua portuguesa, o mirandês? Uma língua de tradição oral cujos direitos foram reconhecidos pelo Parlamento em 1999. Ao longo dos anos foi preservada pela população agrícola de Miranda do Douro e por uma parte do concelho de Vimioso. Curioso, não é?
Tal como o mirandês, infelizmente, existem outras línguas com um pequeno número de falantes que vai diminuindo com os anos e que se vão perdendo no tempo, sem que fique ninguém para contar, ninguém para as falar. Aprender novas línguas é também o perpetuar de um idioma.
A importância das línguas nos mundos académico e profissional
Também não podemos negar a importância que tem o conhecimento de outras línguas em termos académicos e profissionais. Se vivemos hoje na chamada aldeia global, isso significa que nós somos cidadãos globais; todos os dias consumimos produtos, depara-mo-nos com notícias e lidamos com pessoas dos quatro cantos do mundo.
Se quisermos ir mais longe, quantas pessoas é que não têm o desejo de ter uma experiência académica ou profissional no estrangeiro? Isto torna-se mais facilmente alcançável se tivermos um conhecimento mais profundo em línguas, para além da nossa língua materna.
Uma prova dessa importância é o facto de ser obrigatório aprender novas línguas na escola. Não só a inglesa, que começamos a aprender desde muito cedo, mas também, e cada vez mais, a francesa, a espanhola e a alemã. Isto claro, no caso português.
Os programas de intercâmbio, como o Erasmus, é, para muitos, a primeira experiência fora do país, o primeiro contacto próximo com outra cultura e com outro idioma. Um dos requisitos obrigatórios é o nível B2 de inglês (se o país de destino não tiver como língua oficial o português, no nosso caso), o que significa que a experiência só pode acontecer se o estudante for minimamente fluente.
O inglês também é considerado a língua dos negócios, cuja fluência é valorizada e, por vezes, obrigatória em muitas empresas. O seu conhecimento acaba por potenciar um contacto mais direto com pessoas de outros países, fortalecendo as relações internacionais da empresa, para além de que permite a compreensão de documentos e outros materiais que podem não estar traduzidos. Este pode ser o teu trunfo; o fator diferenciador que te vai permitir estar um passo à frente de outros candidatos.
No fim, há muito mais a dizer sobre as línguas e sobre o conhecimento das mesmas. Mas respondendo à questão colocada neste artigo: É importante aprender novas línguas? Sim, claro que sim! E se o pudermos fazer enquanto viajamos, melhor!
Autor: Gap Year Portugal
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