Tenerife, a ilha que recebe mais de 5 milhões de visitantes anuais, é muito mais do que sol e areia. Tenerife é gastronomia, é carnaval, tem cidades coloniais consideradas Património da Humanidade, tem eventos culturais de qualidade e, mais do que nunca, é turismo ativo. Este tipo de turista viaja em busca de sensações duradouras, que ficam marcadas na memória e no coração.
Diz o ditado que ninguém é profeta na sua terra, mas desta vez gostaríamos que seguisses as recomendações dos La Gaveta Voladora, viajantes da IATI, relativamente aos 5 percursos pedestres em Tenerife que deves realizar ao visitar a ilha.
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5 caminhadas para fazer em Tenerife
Desfiladeiro de Masca
A descida do desfiladeiro de Masca é um dos trilhos mais populares e movimentados da ilha. Na verdade, Masca é o segundo local natural mais visitado em Tenerife, só superado por El Teide (o que não é dizer pouco).
O trilho do desfiladeiro de Masca parte dos 700 metros de altitude, onde se encontra o povoado de Masca, e segue em direcção ao mar. Ao serpentear entre grandes paredes vulcânicas verticais, podemos encontrar uma das espécies de aves mais ameaçadas da Europa, o guincho, também conhecido como águia-pesqueira.
Se o caminho em si é espetacular, o final não é menos idílico, pois terás uma imensa baía à tua frente, onde podes desfrutar de um mergulho refrescante numa praia de areia preta antes de apanhar o barco que te leva de volta à civilização. (Também é possível fazer a viagem a remar um caiaque).
Desfiladeiro do Inferno
Tão belo quanto perigoso, o Barranco del Infierno está localizado na encosta sul da ilha, mais precisamente na zona turística de Adeje.
O desfiladeiro em questão começa na localidade de Adeje e percorre um caminho de cerca de 3 km que o leva desde o centro de visitantes até locais com nomes tão curiosos como o Bailadero de las Brujas ou La Cogedera até uma magnífica cascata.
À medida que avançamos pelo desfiladeiro passamos de uma zona com vegetação típica desta zona da ilha de Tenerife (cardones e tabaibas) para uma área mais verde e húmida, devido à presença de água. A recompensa da caminhada chega quando nos encontramos em frente a uma cascata com cerca de 100 metros de altura.
O perigo do Barranco del Infierno consiste na frequente queda de pedras do topo da ravina, pelo que o acesso é restrito a algumas visitas diárias, sendo obrigatório o uso de capacete.
Bosque Encantado
A escarpa de Anaga é como um outro mundo dentro de Tenerife. Nesta área abunda um verde intenso, marcado por ravinas profundas com quintas espalhadas aqui e ali. Um mundo de conto de fadas que evoca a presença de elfos e fadas.
Anaga é uma das zonas mais antigas da ilha e merece ser visitada. Na sua escarpa encontramos um dos percursos pedestres mais populares de Tenerife, cujo apelo não é exatamente a sua dificuldade mas o elevado valor ecológico. As píjaras (enormes fetos cujas folhagens chegam a medir quase 2 metros de comprimento) ou uma espécie de lesma são espécies endémicas desta zona e merecem ser visitadas (e admiradas) vezes sem conta.
Rambla de Castro
Fácil, simples e para toda a família. Este trilho, pertencente ao concelho de Los Realejos, localizado no norte da ilha, percorre uma área protegida de enorme beleza.
À medida que avanças por este caminho costeiro poderás avistar locais emblemáticos como a casa Gordejuela (um antigo elevador de água com capacidade para transportar 5 000 litros de água), uma bela praia selvagem conhecida como La Fajana ou locais tão históricos como a casa de los Castros. Este percurso pedestre em Tenerife tem várias atrações, que também recomendamos para todas as idades e condições físicas.
Um mergulho na praia de Los Roques é quase uma obrigação nesta zona se o mar estiver calmo. É uma praia pequena e tranquila, escondida nos arredores de Puerto de la Cruz.
Caminho para Teide
Imprescindível, uma visita obrigatória. Este percurso pedestre em Tenerife é um dos mais procurados pelos amantes do turismo ativo. A subida ao Teide é um grande feito para muitos daqueles que se atrevem a subir até ao pico, a cerca de 3.700m de altitude. Porém, não devemos esquecer que estamos a falar de altas montanhas, pelo que não devemos subestimar as mudanças bruscas de temperatura ou o que implica caminhar em terreno vulcânico.
O trilho de subida começa na Montaña Blanca de onde leva cerca de 2 horas para chegar à base do vulcão. Nesta zona do Parque Nacional (sabias que é o Parque Nacional mais visitado da Europa?) abunda a pedra-pomes, um material vulcânico muito leve que flutua na água.
Depois da base do Teide, a próxima paragem é no refúgio Altavista (3.246 metros de altitude), um lugar ideal para passar a noite e assim ter a oportunidade de se levantar cedo no dia seguinte e continuar com a subida até a cratera do vulcão para desfrutar do nascer do sol do pico do Teide, o ponto mais alto de Espanha localizado a nada menos que 3.718 metros de altitude. Estarás mais alto que toda a gente em Espanha nesse momento.
Artigo traduzido por Filipe Balseiro